LISBOA 21 346 2000PORTO 22 616 2112

A Consulta de Nutrição de Alergias e Intolerâncias alimentares visa ajudar a controlar os sintomas associados à exposição alimentar, bem como, em alguns casos, permitir a reintrodução de alimentos que estavam excluídos.

As pessoas às quais foram diagnosticadas alergias alimentares devem aprender a reconhecer os alimentos ou compostos alimentares responsáveis pela reacção. Na consulta de nutrição direccionada para as alergias alimentares é explicado ao paciente, onde esses compostos podem estar presentes, apesar de muitas vezes não ser explícito.
No caso das intolerâncias alimentares é fundamental realizar um registo diário de todos os alimentos ingeridos, bem como a sintomatologia percecionada. São várias as alergias alimentares que surgem nos primeiros meses de vida ou até mesmo na idade adulta e se mantêm até ao final da vida.

Algumas alergias e intolerâncias alimentares podem, contudo, ser parcialmente revertidas, nomeadamente através de um processo de dessensibilização.

Alergias e Intolerâncias Alimentares

Alergias Alimentares

Muitas vezes as intolerâncias alimentares podem ser confundidas com alergias alimentares. As alergias alimentares são reações de saúde adversa que ocorrem quando o sistema imunológico reconhece erradamente um alimento como uma entidade agressora ao organismo. A fração desse alimento que é responsável pela reação alérgica denomina-se alergénio. 

Pensa-se que pelo menos 5 em cada 100 crianças sofram de alergias alimentares, e que nos adultos a prevalência seja mais baixa, entre 3 a 4%. As alergias alimentares mais comuns são ao leite de vaca, ovo, amendoim, nozes, peixe, marisco, trigo e soja, sendo estes alimentos responsáveis por 90% das reações. Embora com menos frequência, alguns indivíduos são alérgicos a mais do que um alimento, sofrendo de alergias alimentares múltiplas.

Tratamento das Alergias Alimentares

Muitas alergias alimentares não são suscetíveis de serem curadas, consistindo o tratamento das alergias alimentares dietético na restrição total, não só de todos os alimentos diretamente responsáveis pelas alergias, como também daqueles que poderão conter o alergénio na sua composição. É essencial conhecer quais são os ingredientes que compõem uma receita ou preparação culinária, mesmo quando a presença do alimento alergénico em questão não é aparente.


É fundamental sensibilizar para a leitura e interpretação de rótulos alimentares, no sentido de identificar alergénios potencialmente escondidos.

Os alimentos processados incluem muitas vezes alergénios escondidos, que podem não ser evidentes pela sua designação na rotulagem.
Por vezes a presença ocorre por contaminação cruzada nas linhas de produção dos alimentos processados, por exemplo quando se utiliza a mesma de linha de produção para chocolate de leite e para chocolates com frutos de casca, nomeadamente amêndoa.
Em alguns casos as alergias alimentares podem ser parcialmente tratadas, em parte, através de um processo de dessensibilização, em que a terapia dietética consiste na exposição gradual a doses muito baixas do alergénio, permitindo criar alguma “tolerância” no paciente.

Contaminação Cruzada

A contaminação cruzada, em alguns casos quantidades muito reduzidas de alergénio podem ser suficientes para provocar uma reação grave. Muitas vezes um alimento que parecia ser seguro pode desencadear uma reação alérgica, apenas por ter entrado em contato com outros alimentos que têm o alergénio. A este fenómeno designa-se contaminação cruzada, podendo em alguns casos ter consequências severas. 
Existem pequenos cuidados e medidas simples na preparação e produção de alimentos e refeições, que podem prevenir a contaminação cruzada e que permitem garantir a ingestão de alimentos seguros, nomeadamente, lavar corretamente as mãos entre as várias etapas de manipulação de alimentos e não usar os mesmos utensílios durante a preparação, confeção, empratamento e distribuição de refeições.

Doença Celíaca

A doença celíaca não é uma alergia alimentar pois resulta de uma reacção imunológica dirigida a estruturas do próprio organismo, que é induzida pela ingestão de glúten. A alergia alimentar, por sua vez, caracteriza-se por um conjunto de manifestações resultantes de uma reação imunológica dirigida a um componente específico de um alimento. Apesar de patofisiologicamente se tratarem de doenças distintas, o tratamento incide, em ambos os casos, na evicção alimentar – o glúten, na doença celíaca, e os alimentos responsáveis pelas manifestações alérgicas na alergia alimentar.

Intolerâncias Alimentares

As intolerâncias alimentares caracterizam-se por uma reação adversa, reprodutível, que ocorre após a exposição a determinados alimentos, mas que ao contrário da alergia alimentar não envolve o sistema imunológico.
O diagnóstico de intolerâncias alimentares tem vindo a aumentar nos últimos anos.

Intolerância à Lactose

Na intolerância à lactose existe a deficiência (parcial ou total) da enzima lactase no intestino delgado. A ausência desta enzima leva à passagem de lactose não digerida para o intestino grosso. A degradação pelas bactérias do intestino origina a produção de gases, dando origem a sintomas como flatulência, diarreia, cólicas abdominais, sensação de enfartamento e náuseas. A intolerância à lactose pode ser primária, quando determinada geneticamente e desenvolve-se quando o organismo perde a capacidade de digerir a lactose ou secundária, como consequência de uma doença ou tratamento que provocou danos na mucosa intestinal. As medidas a adotar passam pela eliminação dos alimentos contendo lactose ou suplementando com a enzima lactase.

Intolerância à Frutose

Na intolerância intestinal à frutose adquirida, também conhecida como malabsorção da frutose, a função da proteína de transporte denominada de GLUT-5 da membrana mucosa do intestino delgado está comprometida. Tal resulta na má absorção da frutose no intestino, fazendo com que esta permaneça intacta e circule até ao intestino grosso, onde será degradada pelas bactérias da flora intestinal, levando à formação de gases, que desencadeiam os sintomas. As pessoas que sofrem de intolerância adquirida toleram a ingestão de quantidades residuais de frutose. Os principais sintomas da intolerância à frutose são dores abdominais, náuseas, sensação de pressão ou enfartamento no abdómen, flatulência e diarreia. Após o diagnóstico de intolerância à frutose, deve ser realizado o despiste de intolerância à lactose, uma vez que estas frequentemente ocorrem em simultâneo.

Avaliação Gratuita
Imagem Newsletter
Acompanhe todas as novidades.

Subscreva a nossa Newsletter e fique a par de todas as novidades sobre as nossas Clínicas.

Subscreva a nossa Newsletter