A drenagem linfática manual é um procedimento realizado por fisioterapeutas qualificadas para reactivar todo o seu sistema linfático e permitir a mobilização de excessos e tóxinas.
É muito utilizado na preparação, recuperação e manutenção de um programa de perda de peso e/ou cirúrgia pois permite uma manipulação não-invasiva extremamente suave da pele, sem recurso a óleos ou cremes, conseguindo uma mobilização do sistema linfático e todos os tecidos subjacentes.
A finalidade da Drenagem linfática manual é então criar diferenças de pressão que conduzem a uma maior contração da musculatura dos vasos do sistema linfático. Como consequência, existe um aumento do fluxo de linfa e promoção do deslocamento da mesma e do fluido intersticial no sentido dos pontos ganglionares, os gânglios, que funcionam como “filtros” e importantes elementos de defesa imunológica. Desta forma, a drenagem linfática manual promove a absorção de excesso de líquidos e resíduos existentes.
O sentido dos movimentos realizados tem então de respeitar a anatomia e fisiologia do sistema linfático, sendo crucial que quem aplica esta técnica tenha estes conhecimentos base. Caso as técnicas não obedeçam ao sentido do fluxo da linfa, estas poderão não só não ter os efeitos pretendidos, como também ser prejudiciais. Os vasos linfáticos são compostos por válvulas, que funcionam como barreiras ao retrocesso/refluxo da linfa e que permitem que o fluxo seja unidirecional. Realizar os movimentos no sentido contrário ao fluxo da linfa poderá forçar estas válvulas e comprometer o funcionamento, muitas vezes já afetado, do sistema linfático.
Daí a importância das fisioterapeutas credenciadas e a sua experiência clínica.
Os nossos principais pontos ganglionares se encontram na zona do pescoço, na zona axilar (anteriormente nas axilas), inguinal (virilhas) e popliteia (zona posterior do joelho). Por norma, uma drenagem linfática manual começa e engloba a ativação destes pontos ganglionares, seguindo-se os movimentos que aceleram até 20% o fluxo da linfa, normalmente mais lento em relação ao fluxo sanguíneo. É um tratamento mais que relaxante, muito eficaz.
Efeitos e resultados da Drenagem Linfática Manual
A drenagem linfática manual é bastante eficaz e apresenta efeitos relativamente rápidos, normalmente sentidos de forma imediata. O utente sente instantaneamente uma diminuição de volume e perímetros, uma sensação de leveza e uma melhoria na textura, qualidade e coloração da pele. A drenagem linfática manual tem ainda um efeito analgésico e anti-inflamatório imediato.
Na primeira sessão, e em função da avaliação que é feita de cada caso específico, é determinado o número de sessões necessárias, bem como a frequência de realização das mesmas. Cada sessão tem uma duração aproximada de 1 hora, podendo ter uma duração superior dependendo do número de áreas abrangidas.
Para quem está indicada a Drenagem Linfática Manual
A drenagem linfática manual está indicada em inúmeras situações, desde casos em que o utente apenas pretende relaxar e uma promoção de bem-estar geral, a casos em que se verificam condições de saúde crónicas. Desta forma, esta técnica pode ser realizada enquanto um cuidado de saúde primário, isto é, tanto pode ter um caráter preventivo, como pode um intuito terapêutico. De uma forma global, a drenagem linfática manual pode ser aplicada nas seguintes situações:
- Rejuvenescimento da pele
- Problemas dermatológicos (como eczema, rosácea e acne)
- Hematomas causados por eventos traumáticos
- Varizes e Insuficiência venosa
- Pós-operatório de cirurgia vascular
- Linfedema
- Relaxamento e bem-estar
- Alívio de stress
- Controlo de dor (fibromialgia; mastalgia – dor mamária pré-menstrual ou inerente à amamentação; etc.)
- Edema (ou inchaço, presente numa pessoa que simplesmente tem posturas mantidas no seu dia a dia, numa grávida, numa mulher em fase pré-menstrual ou ainda numa pessoa com linfedema)
- Indução da lactogénese (produção e secreção de leite) no pós-parto
- Pós-operatório de cirurgia plástica (nestas situações permite reduzir o edema, as equimoses e hematomas, acelerar o processo de cicatrização e gerir os níveis de stress do utente)
- Cicatrizes, mesmo que antigas (a DLM normaliza a cor das mesmas e melhora a sua textura, achatando-as)
- Feridas e queimaduras (auxilia no processo de cicatrização)
- Pós eventos traumáticos (promove a cicatrização de fraturas, ruturas parciais ou totais de ligamentos, etc.)
- Fortalecimento do sistema imunitário, devido ao seu efeito “detox” (elimina toxinas e resíduos do metabolismo)
- Papos e olheiras
- Enxaqueca
- Sinusite
- Artrite reumatóide
- Estrias (minimiza e reduz as mesmas)
- Esclerodermia (doença reumática crónica que se caracteriza por um aumento de tecido fibroso e endurecimento da pele e restantes órgãos)
- Celulite
E qual é o circuito da linfa após a Drenagem Linfática Manual
A drenagem linfática manual não altera o fluxo normal da linfa, apenas o estimula e acelera.
O sistema linfático é um sistema unidirecional que existe paralelamente ao sistema circulatório sanguíneo e que transporta a linfa (fluido constituído por água, glóbulos brancos, sais, proteínas, glicose, dióxido de carbono, algum oxigénio, toxinas, detritos e resíduos celulares). Os vasos linfáticos conduzem a linfa até aos gânglios e a partir destes pontos os pequenos vasos linfáticos conectam-se com vasos maiores, formando os ductos linfáticos (os maiores vasos linfáticos). O ducto torácico drena a maior parte da linfa e o ducto linfático direito drena o quadrante superior direito do corpo. Estes ductos terminam o seu percurso na veia subclávia esquerda, veia jugular interna (ducto torácico) e na veia subclávia direita (ducto linfático direito), havendo um retorno ao sistema circulatório.
Qual a origem da Drenagem Linfática Manual
A Drenagem Linfática Manual teve a sua origem em França. A drenagem linfática manual foi descoberta e começou a ser desenvolvida nas décadas de 20 e 30, pelo biólogo dinamarquês Dr. Emil e pela sua esposa Estrid Vodder. Este casal começou por aplicar as suas técnicas em pessoas com aumento dos gânglios na região cervical, associado a estados gripais crónicos (congestão nasal e expectoração). Emil e Estrid Vodder verificaram que o quadro clínico destas pessoas melhorou após a aplicação de um determinado conjunto de movimentos lentos e rítmicos de estimulação física, com uma orientação e sentidos específicos.
Este método foi realizado oficialmente pela primeira vez em 1936, ano a partir do qual começou a ser ensinado e difundido em vários países em todo o mundo, até à atualidade.
Em 1967, foi criada a Sociedade de Drenagem Linfática Manual, que possibilitou outras contribuições individuais e a criação de outros métodos de drenagem linfática manual, sobretudo no tratamento de utentes com linfedema. De entre estes métodos destacam-se, por exemplo, o de Leduc e o Földi. Atualmente, a drenagem linfática manual é uma técnica utilizada tanto no âmbito médico, sendo aplicada tanto por fisioterapeutas, enfermeiros e terapeutas ocupacionais, como esteticistas ou terapeutas de massagem.
Na nossa clínica utilizamos o método Leduc que consideramos o mais eficaz para a retenção de líquidos e activação do sistema linfático.
Pode complementar a drenagem linfática manual com
Ondas Acústicas
A combinação da técnica de drenagem linfática manual e terapia de ondas acústicas potencia uma oxigenação dos tecidos, o próprio efeito drenate da drenagem linfática manual, eliminação de excesso de líquidos e melhoria substancial da qualidade e textura da pele.
LPG Médico | Endermologia
LPG Médico | Endermologia, os seus efeitos poderão ser imediatos, sobretudo se a retenção de líquidos for um problema evidente, isto porque é a nível da retenção de líquidos (camada mais superficial da pele) que esta tecnologia atua primeiramente. A perda volume é o ganho mais evidente com esta combinação, no entanto nos últimos anos o ganho de firmeza tem sido potenciado.