FODMAP é um acrónimo inglês de “Fermentable Oligo-, Di-, Mono-saccharides And Polyols”, e refere-se a um conjunto de hidratos de carbono existentes numa grande variedade de alimentos que são frequentemente mal absorvidos e extensamente fermentescíveis, a nível intestinal, pela microbiota, desencadeando sintomatologia especifica, nomeadamente flatulência, distensão abdominal, alterações de motilidade ou dor, em indivíduos suscetíveis.
Estes hidratos de carbono e álcoois de açúcar estão presentes naturalmente nos alimentos, podendo ainda ser adicionados pela indústria alimentar no seu processamento, estando por isso largamente presentes no padrão alimentar ocidental.
FODMAP, o que são?
Os FODMAP são um grupo de moléculas geralmente pouco absorvidas a nível intestinal. É importante realçar que apenas desencadeiam sintomatologia gastrointestinal acompanhada de dor, em indivíduos com uma hipersensibilidade visceral prévia.
Dieta restrita em FODMAPs
A dieta restrita em FODMAPs (“Low FODMAP Diet”) foi criada por uma equipa de investigação da Universidade Monash na Austrália, e está orientada para o controlo dos principais sintomas gastrointestinais funcionais associados a várias condições clínicas. Atualmente é uma dieta muito aconselhada a quem sofre de Síndrome do Intestino Irritável (SII).
Tendo em consideração que os FODMAP se encontram um pouco por todos os grupos de alimentos e que exercem efeitos funcionais benéficos na saúde pelo seu efeito prebiótico, o objectivo a longo prazo de uma abordagem restrita em FODMAP é encontrar qual ou quais os subgrupos específicos de FODMAP que estão na génese sintomatológica e restringi-los a um nível de consumo não gerador de sintomatologia. Este processo deverá ser realizado sob orientação de um nutricionista especializado, de forma a garantir a variedade e adequação nutricional.
Esta abordagem é realizada em três etapas. Na primeira fase são eliminados da alimentação todos os alimentos ricos em FODMAP. Na segunda fase e após remissão da sintomatologia segue-se a reintrodução alimentar isolada e controlada de cada subgrupo de FODMAP, de forma a identificar em concreto quais os que não são bem tolerados. Na última etapa adequa-se a alimentação do paciente de forma a evitar restrições alimentares desnecessárias.
Estima-se que a prevalência de Síndrome do Intestino Irritável nos países desenvolvidos ronde os 15-25%, apesar de estar subdiagnosticado.
Face às queixas gastrointestinais cada vez mais frequentes de alguns pacientes, o Dr. Cláudio Rodrigues | Nutricionista, sentiu a necessidade de aprofundar os seus conhecimentos nesta área, levando-o a frequentar o primeiro curso desta índole, em Portugal.
Neste momento já implementa os conhecimentos adquiridos nas suas consultas de nutrição.