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Vitamina D e Covid-19

Vitamina D e Covid-19

Estudos recentes identificaram uma associação entre níveis baixos de vitamina
D e maior risco de infeção por covid-19, mas não existe (ainda) evidência que
esta vitamina tenha um efeito protetor.
Na ausência de cura ou vacina para a covid-19, os cientistas têm investigado
se a vitamina D pode reduzir o risco de infeção por covid-19 ou a severidade da
mesma. De facto, parece sedutora a ideia de uma vitamina poder combater a covid-19.
Apesar de terem surgido estudos que associavam níveis baixos de vitamina D
e maior risco de contrair a doença, a generalidade dos especialistas referem
que tal não é suficiente para afirmar que a vitamina D por si só, protege contra
a doença.

A vitamina D protege contra o covid-19?

A vitamina D é essencial no metabolismo ósseo e os estudos mais recentes
indicam que os seus benefícios se podem alargar a outros órgãos e sistemas.
É produzida pela pele, através da exposição à luz solar, e pode ser obtida pela
ingestão de alimentos ricos em vitamina D.
Recomenda-se uma ingestão diária entre as 400 e as 800 Unidades
Internacionais (UI) por dia e uma exposição solar doseada, evitando as horas
de maior radiação que elevam o risco de desenvolver cancro da pele.

Um estudo publicado em 27 de outubro de 2020 no The Journal of Clinical Endocrinology & amp; Metabolism identificou que doentes internados com covid-19 apresentavam maiores níveis de deficiência em vitamina D do que um grupo controlo que não contraiu o vírus. Mas esta associação não demonstra que maiores níveis de deficiência de vitamina D originem um maior risco de covid-19. Contudo, segundo investigadores da Queen Mary University of London, que estudam doenças respiratórias e imunidade, são necessários mais estudos para averiguar se existe ou não uma verdadeira relação de causa-efeito.


Um efeito protetor?

Existem várias razões que permitem supor que a vitamina D possa proteger
contra o covid-19. 
A vitamina D tem demonstrado poder aumentar a resposta do sistema
imunológico a vírus, melhorando a resposta inflamatória. Uma resposta
inflamatória excessiva é comum em casos severos de covid-19. Algumas
metanálises (estudos de maior evidência científica) têm evidenciado que a
suplementação com vitamina D reduz o risco de infeções agudas do trato
respiratório comparativamente a um placebo. Contudo é importante referir que
estes estudos não incluíram ainda infeções por covid-19.
Um estudo de 6 de Maio de 2020 publicado no  Aging Clinical and Experimental
Research  constatou em 20 países europeus que quanto mais baixos eram os
níveis médios de vitamina D, maiores eram as taxas de infeção e mortes por
covid-19. 

Contudo nem todos os estudos sugerem um efeito protetor desta vitamina. Um
estudo publicado em 7 de Maio de 2020 na revista científica  Diabetes &
Metabolic Syndrome constatou não existir qualquer relação estatisticamente
significativa entre os níveis de vitamina D e risco de covid-19, uma vez que
tiveram em consideração outros fatores que influenciam o risco da doença.


O ovo ou a galinha?

O Hospital Universitário Marqués de Valdevilla levou a cabo um estudo que
decorreu entre 10 e 31 de Março de 2020, com uma amostra de 197 pacientes,
cujos níveis de vitamina D tinham sido testados um ano antes, no âmbito de um
outro estudo. Dos doentes covid-19, 82% apresentavam deficiência de vitamina
D face a 47% do grupo controlo.
Contudo alguns especialistas referem que neste estudo os níveis de vitamina D
dos doentes que contraíram covid-19 foram avaliados somente após terem
testado positivo para o vírus. Ou seja, o covid pode ter baixado os níveis de
vitamina D ou pode ter sido consequência desses níveis baixos. Pode
acontecer que, de uma forma geral, ao estarmos mais doentes os níveis de
vitamina D baixem.
Estão neste momento a decorrer estudos para avaliar se os baixos níveis de
vitamin D são consequência da doença covid ou se têm influência no
desenvolvimento da mesma.


Enquanto não há conclusões definitivas, devem as pessoas ser
suplementadas com vitamina D?

A resposta é que eventualmente sim, desde que não esteja
assegurada a guideline recomendada através da alimentação. A ingestão diária
recomendada é de 600 UI para adultos até aos 70 anos e de 800 UI acima
dessa idade. Esses níveis de ingestão têm claramente demonstrado benefícios
a nível ósseo e muscular e, eventualmente podem também ser importantes ao
nível da infeção por covid-19, apesar de ainda não estar bem estabelecido. 
Contudo a ingestão de doses mais elevadas de vitamina D não é recomendada
face há falta de mais evidência científica. 


Alimentos e vitamina D

Obtemos a vitamina D através da alimentação e pela produção ao nível da pele
com a exposição à luz solar durante 10 a 15 minutos. A produção diminui com
a idade e é menor em pessoas com pele mais escura.
Os alimentos mais ricos nesta vitamina são os cogumelos, o óleo de peixe, o
salmão, as sardinhas em conserva, o leite fortificado em vitamina D, o queijo
fresco, os ovos e o fígado.

IMPORTANTE: para além destes cuidados e nesta fase da pandemia a sugestão é SEMPRE cumprir os cuidados de higienização, distância de segurança e uso de máscara de proteção. Só assim todos poderemos ultrapassar este desafio!

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